domingo, 22 de maio de 2011

A Mulher Sabia


Só um ser humano verdadeiramente forte pode declarar sem medo sua fragilidade!

Somente os humanos com sua grandeza incubada em seu íntimo, poderão entender que erramos e erramos constantemente, vivemos numa sociedade extremamente preconceituosa por vários aspectos.

O medo de correr riscos bloqueia nossa liberdade ou ousadia no caso de nos mulheres reconhecemos nossa fragilidade.

A imagem desta tida “fragilidade e submissão” sempre estiveram ligadas à mulher na história, principalmente na antiguidade, idade média e moderna. Muitos pensadores, teólogos e filósofos contribuíram para aumentar sua posição de inferioridade, mas o que não impediu que muitas mulheres se rebelassem contra tal atitude em todos os tempos. Porém não deixemos que isso nos limite.

Na Antiguidade, Platão dizia "que os homens covardes que foram injustos durante sua vida, seriam provavelmente transformados em mulheres quando reencarnasse, Aristóteles afirmava que "a fêmea é fêmea em virtude de certas faltas de qualidade".

Podemos observar que estes conceitos ainda pairam em nossa vida moderna, infelizmente.

Renomados pensadores tiverem sua parcela de contribuição nas justificativas de sexo frágil. Rousseau, no século 18, disse que a mulher é um ser destinado ao casamento e a maternidade, Lamennais chamava-a de "estátua viva da burrice", Diderot escreveu que embora pareçam civilizadas "continuam a serem verdadeiras selvagens" e que ela era propriedade do homem. Napoleão não menos machista, afirmava "a mulher é nossa propriedade e nos não somos propriedade dela". Kant a considera "pouco dotada intelectualmente, caprichosa indiscreta e moralmente fraca"; Schopenhauer coloca a mulher entre o homem e o animal e diz "cabelos longos, inteligência curta"; Nietzsche considera que "o homem deve ser educado para a guerra; a mulher para a recreação do guerreiro". Para Balzac, a única glória das mulheres estava em fazer pulsar o coração de um homem, para Proudhon a mulher que trabalhava era uma ladra que roubava o trabalho de um homem.

Podemos observar quanta “sabedoria”!

Com todas essas informações, observamos que em nossos dias não faltam exemplos de preconceitos contra o gênero feminino, como alguns que continuam a resistir ao tempo e vem mascarado, nas músicas que cada vez mais trazem letras ofensivas, por exemplo: "piriguetes, safadonas, cachorronas, mulheres melancias, maçãs, enfim mulheres frutas", rótulos que acabam fazendo sucesso entre o público masculino, mas que limitam as mulheres ao culto de seus corpos, o pior de tudo que as próprias mulheres se colocam nesta situação pouco sábia.

Mesmo com a implacável perseguição ao longo dos séculos, que colocou as mulheres em uma posição de inferioridade, houve uma mudança cultural dos papéis atribuídos a elas.

Não que devemos provar algo a ninguém, pois isso não é necessário, mas pratiquemos nosso “EU” em nosso dia a dia e ao pratica-lo, teremos menos inseguranças nos tornando boas motoristas, boas mães, boas donas de casa, boas esposas, administrando nosso tempo para coisas produtivas e positivas, atuando independente da área em que escolhemos sendo boas profissionais. Com isso caberá aos homens o ato de respeitar nossa liberdade de exercer.

Muitas mulheres tiveram um papel essencial para tais mudanças e acabaram colocando seus nomes na história.

Em alguns exemplos se destacam, Anita Garibaldi "a heroína de dois mundos", Betty Friedam, americana e uma das precursoras do feminismo, que escreveu vários livros sobre o tema; Caroline Herschel, astrônoma e matemática alemã; Frida Kalo, pintora mexicana; Katharine Graham, jornalista americana, a primeira mulher poderosa da mídia e presidente do The Washington Post; Cleópatra, Elizabeth I, Evita Perón, Indira Gandhi, Lady Di, Joana D’Arc, Madre Teresa de Calcutá, Margaret Thatcher, Maria Bonita, Marilyn Monroe e Simone de Beauvoir, outro exemplo mais próximo de nossa memória no Brasil nossa presidenta Dilma, entre outras, tiveram grande importância em diversas áreas.

A repressão perdurou por várias fases históricas, hoje as mulheres respiram mais aliviadas com a conquista de vários direitos como o avanço no mercado de trabalho. E como diz a frase da primeira dama da Califórnia, Maria Shriver: "mulheres bem-comportadas não fazem história".

Devemos por obrigação estudar meditar e evoluir, seguindo exemplos como estes maravilhosos, para isso não percamos tempo com conversas fiadas pelas esquinas da vida, mas estudemos para ficarmos a par dos acontecimentos corriqueiros do mundo.   

Somente assim como mulheres poderemos começar a construir nosso espaço para adquirirmos o respeito tão desejado.

Livros, lá vamos nos!

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